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MICRONUTRIENTES SÃO UTILIZADOS PELAS PLANTAS EM PEQUENAS QUANTIDADES


MICRONUTRIENTES SÃO UTILIZADOS PELAS PLANTAS EM PEQUENAS QUANTIDADES


Quando num fórum desta natureza se fala em micronutrientes, somos imediatamente levados para conceitos da produtividade, melhoria dos processos fisiológicos e resolução de situações de carências e desequilíbrios de fertilização.
 
No entanto, uma das mais importantes consequências da chamada revolução verde foi, para além dos aumentos substanciais de alimentos, que permitiram fazer face ao aumento crescente da população, o aumento das situações de desequilíbrios nutricionais em micronutrientes com maior relevância nos países mais pobres ou em vias de desenvolvimento.
 
Esta situação inesperada atingiu quase metade da população mundial, com maior incidência nas crianças e grávidas.
 
Na ausência de uma alimentação equilibrada, as carências em micronutrientes tornaram-se num enorme problema de saúde pública, como consequência duma política agrícola que, ao tentar resolver o problema da fome energética, gerou uma imprevisível situação de má nutrição.
 
Quais são os fatores responsáveis por esta situação de carência nutricional global e até que ponto são os sistemas agrícolas modernos os responsáveis ou contribuíram diretamente para este aumento das situações de subnutrição em micronutrientes? É impossível de saber com certeza, mas é, no entanto, certo que determi-
nadas práticas agrícolas, resultantes dos modernos sistemas de produção baseados nas monoculturas, levaram ao abandono de produções tradicionais, mais ricas e equilibradas em termos de macros e micronutrientes.
 
A magnitude e as consequências profundas da desnutrição em micronutrientes para a saúde e bem-estar humano exigem uma nova revolução “mais verde”.
 
Esta deve associar explicitamente a produção agrícola à nutrição e saúde humanas, com o objetivo de eliminar a “fome escondida” a nível global e proporcionar a todos um equilíbrio nutricional dietético, isto de forma sustentável.
 
Com este enquadramento, permitimo-nos pensar que, para além da questão de potenciar a sua produção através da redução ou anulação das situações de carências em micronutrientes das suas culturas, o empresário agrícola é hoje também peça fundamental neste processo de correção alimentar, através de práticas que melhorem a composição nutricional dos seus produtos agrícolas. A aplicação de base e corretiva de micronutrientes deverá passar a ser uma prática corrente em todas as culturas agrícolas e os seus custos cobertos pelos resultados económicos resultantes dessa valorização da produção.
 
Infelizmente, as práticas passadas que levaram a uma exaustão dos recursos naturais dos solos e o lento processo de reposição dos micronutrientes de forma natural, obriga a que estes sejam incorporados, quer através de adubações de fundo e de cobertura, mas cada vez mais através das soluções nutritivas aplicadas na fertirrega ou através das ações corretivas via aplicação foliar. Para isso, podemos hoje contar com uma variedade de micronutrientes na forma individualizada ou em combinações mais ou menos completas, na forma direta de sais ou nas formas de quelatos ou complexos. Destas fontes, algumas são solúveis em água, como os quelatos, complexos, nitratos, sulfatos e cloretos, enquanto outras são insolúveis, mas disponibilizam os micronutrientes às plantas quando aplicadas ao solo, como no caso dos carbonatos, fosfatos, óxidos, fritas e outras.
 
As deficiências em micronutrientes metálicos podem ser efetivamente corrigidas com o uso de quelatos sintéticos. Apesar da eficácia elevada, o custo limita o seu uso, razão pela qual se considera também o emprego de complexos metálicos. Os complexantes de micronutrientes – lignosulfonatos, humatos, citrato, gluconatos, heptagluconatos e aminoácidos – têm como objetivo manter os elementos complexados em forma solúvel. Como geralmente os complexos têm menor estabilidade no solo que os quelatos, as suas principais vias de fornecimento são a solução nutritiva ou a aplicação foliar. Assim, a sua eficácia não depende somente da capacidade de complexação dos metais, mas também de outros fatores, como por exemplo a capaci-
dade de penetração foliar.
 
No processo de escolha sobre qual a forma mais adequada para a aplicação dos micronutrientes, devemos considerar três situações diferenciadoras, nomeadamente a fase da cultura (antes da instalação ou em pleno desenvolvimento) em que podemos fornecer e compensar o solo com as necessidades previstas para o período mais ou menos longo da cultura; os consumos previsionais da cultura, a compensar durante o exercício anual, e as situações pontuais e extraordinárias de carências, que podem limitar de forma mais efetiva os resultados produtivos.
 
Na primeira situação, se esta problemática for abordada antes da instalação da cultura, o fornecimento dos micronutrientes poderá ser resolvido através da aplicação de sais ou adubos complexos com micronutrientes habitualmente mais insolúveis e estáveis no solo e de menor custo. Em culturas já instaladas, essa compensação poderá ser efetuada através do recurso a adubações de cobertura, mas utilizando adubos de maior qualidade e que tenham na sua formulação uma variedade maior ou menor de micronutrientes habitualmente quelatizados, isto para fomentar a sua estabilidade no solo e a sua libertação mais escalonada ao longo desse e próximos ciclos. Caso se trate duma cultura que recorra já a sistemas de fertirrigação, poderemos agora optar pela utilização dos complexos orgânicos, como sejam os lignosulfonatos, os gluconatos ou os humatos, mais baratos e com taxas de solubilização e libertação mais altas. Estas soluções, que se adequam melhor ao fornecimento mais frequente e adaptável às necessidades específicas de cada cultura e fase em que se aplica dado pelas soluções nutritivas, permitem uma maior eficácia na cobertura das necessidades das culturas em função dos seus consumos por ciclo vegetativo. Permitem, igualmente, nas situações de hidroponia e produção em substrato (sem solo), uma elevada mobilidade e eficácia sem gerar, no entanto, aumentos substanciais de condutividade nos substratos já que sendo mais solúvel e menos estável que os quelatos tenderão a ser removido mais rapidamente pela drenagem.
 
Em todas estas situações, o fornecimento de micronutrientes deverá ser adaptada ao conhecimento da composição dos elementos consumidores da cultura, ou seja, à sua produção comercial, já que o restante será reincorporado no solo após a colheita por processos mecânicos ou pela decomposição natural desses resíduos das culturas.
 
A composição percentual dos frutos, ou da matéria vegetal produzida, ajustada à produção previsional poderá assim servir de valor indicativo para as necessidades de reposição em micronutrientes ao solo ou às plantas durante o seu desenvolvimento.
 
Fica a faltar a situação mais comum e aquela que mais frequentemente leva a uma acção corretiva do agricultor, ou seja, os casos potenciadoras de fortes quebras de produção em que temos presente na cultura sintomatologias efetivas de carências.
 
Nestes casos, em que se pretende uma ação rápida em termos de correção e disponibilização dos micronutrientes nos órgãos sintomáticos, a opção pelos tratamentos corretivos foliares deveria dar preferência às formulações com complexos orgânicos como os citratos ou aminoácidos, mais facilmente absorvidos por via foliar.
 
Foi no sentido de potenciar estas ações de fornecimento e correção de carências, que a Fertipower apostou na apresentação de novas soluções baseadas em complexos orgânicos, nomeadamente lignosulfonatos e citratos. As formulações apresentadas visam maximizar a eficiências das aplicações pela solução nutritiva via rega e as aplicações corretivas foliares, através de formulações baseadas em pós solúveis de elevadas concentrações unitárias permitindo adaptar com menores custos às necessidades de cada cultura. Por outro lado, apostando
nos complexos com moléculas orgânicas, ajudamos a reduzir o impacto ambiental ao fomentar a utilização de recursos renováveis na produção destas soluções.
 
Vasco Neves - Fertipower






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